AS BRINCADEIRAS NA SOCIALIZAÇÃO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA NOVA INFÂNCIA EM TERESINA (PI)
Autor(es): Luiz Carlos Carvalho de Oliveira
A temática deste trabalho trata das Representações Sociais da Nova Infância e suas brincadeiras preponderantes. Seu objetivo é refletir sobre os diferentes sentidos presentes nas falas de crianças de escolas públicas e particulares no que se refere à construção das representações sociais das próprias crianças, particularizando-as na busca do perfil da “nova infância” e suas brincadeiras. Em específico, pretende-se perceber os diferentes significados que emergem da fala das crianças sobre a infância. Dessa forma, pode-se afirmar a criação de um perfil constituinte de uma nova infância como instrumento de identificação das apreensões socialmente construídas daqueles que vivem a nova infância. Nesta pesquisa, pretende-se redefinir o universo da infância, a partir das representações sociais das crianças acerca da socialização com as novas tecnologias. Neste estudo, as representações são encontradas nos saberes que os sujeitos expressam individualmente nos espaços de interação social. Esta pesquisa se propõe a compreender as significações que tais representações carregam, por meio das respostas das crianças pesquisadas. A abordagem metodológica deste estudo é de caráter qualitativo e visa compreender a representação social de crianças que atuam, em nível de ensino fundamental, na rede pública e particular da cidade de Teresina/PI. Utiliza-se a Teoria das Representações Sociais como suporte teórico para conhecer olhar do aluno (a) sobre a “nova infância” e suas brincadeiras, onde o pesquisador cria uma metodologia própria a partir da consideração dos dados e das pistas metodológicas deste referencial teórico. Foi necessário isolar os dados em agrupamentos, para efetuar a posterior categorização. Desses agrupamentos, extraímos quatro categorias que se encontram ancoradas em: infância é tempo de brincar, as brincadeiras tradicionais, brincar no computador e brincar na Internet. Os dados evidenciaram trajetórias de uma infância ainda marcada fortemente por elementos da infância tradicional. Ou seja, uma infância ainda constituída pelas práticas da tradição de um tem pode brincadeiras e como um tempo de contraposição à vida adulta. Notamos, no conjunto dos dados, uma construção social que relaciona a permanência de um núcleo vivo da infância, onde podemos perceber que, mesmo modificadas, as brincadeiras ainda fazem parte do imaginário e do desenvolvimento infantil.
Palavras-chave: Representações Sociais – Nova Infância – Brincadeiras - Socialização